Biblioteca

A história da gata Sapinha 

Inácio Pignatelli
O pastor de nuvens e outras histórias
Lisboa, Editorial Verbo, 1985

 A ternura é assim como uma coisa que se sente quando olhamos para alguém ou nos olham de um modo muito carinhoso, quando dizemos ou nos dizem palavras amigas iguais às que esperávamos, quando nos fazem, por exemplo, uma festa no cabelo. A mãe que aperta o filho pequenino nos braços fá-lo com ternura. Ou, quando a um canto do recreio vemos um amigo com ar triste e o vamos buscar, lhe pomos a mão nos ombros e o trazemos para que não esteja sozinho nem triste, isso é ternura. Uma palavra muito bonita.
A ternura é assim como uma daquelas fadas das histórias que ouvimos contar e ficamos a pensar se existe. Daquelas que com um toque de varinha mágica tudo mudam. Mas a ternura existe mesmo, é uma fada real. Se quiséssemos desenhá-la, teríamos de desenhar uma rapariga pequena, porque a ternura dá muita importância às coisas pequeninas que só se vêem se uma pessoa estiver com muita atenção. Se não, não se vê nada. Por isso, ela tem os olhos muito abertos, os ouvidos à escuta e na boca um sorriso. Ternura.
Tudo isto para vos contar esta história. É que foi com certeza a pensar na ternura, nessa pequena fada tão importante na nossa vida, que o Miguel, um dia de manhã, no quarto dos pais (ele costumava todos os dias ir até lá um bocadinho), disse para a mãe:
— Sabes, mãe, eu gostava de ter era um bichinho de pêlo.
A mãe achou muita graça àquilo e ao mesmo tempo ficou admirada, e o pai que estava a dormitar ouviu também.
— Um bichinho de pêlo?! Para que é que tu queres um bichinho de pêlo?
Mas o Miguel não explicou logo.
— Sim — disse ele —, eu gostava tanto! Um bichinho de pêlo só para mim.
O Miguel morava no terceiro andar de um prédio alto, um desses prédios de cimento, e tinha mais cinco irmãos além de outros quatro que não moravam ali. Era muita gente, mas davam-se todos muito bem. O que é, é que o Miguel era o mais pequeno, tinha só nove anos, e fazia uma grande diferença dos outros que tinham 16… 17… 19… 21… E por isso, com essa gente de muitos mais anos, nem sempre era fácil conversar. Mas com um bichinho de pêlo, pequeno como ele…, pensava o Miguel.
A mãe contou aos outros irmãos o desejo do Miguel e todos acharam graça. E os dias passaram, até que o Acaso (o Acaso é assim um senhor que não se vê mas que intervém às vezes na nossa vida, sobretudo se desejamos muito uma coisa e pensamos nela) interveio.
Um dia, ao fim da tarde, estava a mãe do Miguel na cozinha a preparar o jantar e as irmãs no quarto a prepararem as lições para o dia seguinte, quando sorridente o Miguel entrou em casa seguido dos amigos, o To, o Paulo e o Paulito. Vinham todos afogueados de correr e ao mesmo tempo entusiasmados, pois traziam com eles um gato muito pequeno e magricela de pêlo castanho e olhinhos verdes.
— Mãe! Mãe! — chamou o Miguel.
— Que é? — disse a mãe, vindo à sala ter com ele.
— Olha o que nós encontrámos! — e mostrava a mão que segurava o gato. Ao princípio a mãe zangou-se:
— Não vais trazer isso aqui para casa, pois não? Já tenho muito que limpar e o gato ainda daria mais trabalho.
A mãe dava aulas e ainda tinha de arrumar a casa e fazer o comer. Mas o Miguel, todo contente com o seu achado, pediu, pediu: «Ele não suja! — disse. — Deixa lá, mãe» teimou, e até os amigos pela voz do Tó (o Tó tinha em tempos escrito um postal ao Miguel a dizer que ele era o seu melhor amigo, que a seguir vinham o Paulo e o Paulito, mas que não tinha últimos amigos) intercederam junto à mãe do Miguel:
— Nós ajudamos a tratar dele. Limpamos o que ele sujar.
E perante esta embaixada tão insistente, as sobrancelhas da mãe do Miguel ergueram-se e ela sorriu. E o Miguel sabia bem o significado daquele sorriso, isto é, foi logo arranjar um pratinho de leite para o gato. Um bichinho de pêlo.
E o gato ficou. «É uma gata — explicava o Miguel às irmãs — e chama-seSapinha.» Elas riram-se «Sapinha! Ela que se livrasse de ir para o nosso quarto sujar!», ainda disse a irmã do meio. Mas o Miguel não ligou. Ele sabia que iria proteger o seu bichinho de pêlo. Ao princípio, a Sapinha tinha medo das pessoas e metia-se debaixo dos móveis. Não se atrevia a deitar a cabeça de fora e era preciso ir lá buscá-la. Estava num meio estranho, desconhecido. Foi preciso dar-lhe um banho para que o seu pêlo castanho ficasse limpo, cor de mel, e papo branco. Mas a pouco e pouco, com os mimos todos que lhe faziam, foi ganhando confiança e conhecendo os cantos à casa e os olhos às pessoas. Gostava de ir para a varanda, empoleirar-se ao sol no parapeito, a olhar para baixo para o pátio ou para as casa e campos em frente, a cheirar as sardinheiras dos vasos, a seguir o voo das moscas. Tudo o que mexia era para ela motivo de atenção. Punha-se logo em posição de ataque, de pernas duras a preparar o salto. À noite o Miguel levava-a para a sua cama que era no cimo de um beliche, fazia-lhe festas sem fim a que ela correspondia com lambidelas amigas e depois ficava enroscada aos pés da cama. A casa mergulhava então no silêncio, o irmão mais velho apagava a luz e o Miguel podia ver os olhos brilhantes da Sapinhano escuro.
Na zona onde morava o Miguel muitas vezes faltava a água. Horas e horas. E a água era muito precisa para lavar e cozinhar. Uma noite, alguém deixou uma torneira aberta e a água encheu a banheira, transbordou, e saindo do quarto de banho ameaçava inundar o resto da casa. Ora a Sapinha, com os seus olhinhos de ver no escuro, pressentiu o perigo e pôs-se a miar, a miar, e a esfregar as patas na cara do irmão mais velho, que dormia por baixo do Miguel no beliche, até que ele acordou. ASapinha continuava a miar e a mexer-se.
«Que é que quer a gata?», pensou ele. Levantou-se e viu que a água, inundando o corredor, entrava já pela frincha da porta do quarto e correu a fechar a torneira. Foi o que valeu.
Sapinha tinha evitado uma inundação e por isso ganhou fama de bichinho esperto. O Miguel contou aos seus amigos, o To, o Paulo e o Paulito e a toda a vizinhança o que a Sapinha tinha feito e o caso foi muito falado. A Sapinha era uma heroína.
Um dia, a senhora Graça, mulher-a-dias que ia às vezes fazer serviço de limpeza lá em casa, disse para a irmã mais velha:
— Sabe, menina?, a gata não é uma gata, é um gato.
Era verdade.
Quando o Miguel soube disto ficou muito triste. Ele acostumara-se a chamar-lheSapinha, o bichinho de pêlo só para si. Agora um gato! E durante algum tempo queria que as irmãs continuassem a chamar-lhe gata Sapinha, senão não deixava ninguém pegar-lhe. Mas depois pensou, pensou e disse para si: «Gato ou gata, que interessa se é um bichinho de pêlo?!»
Era de novo a ternura, aquela fada real de que vos falei no princípio desta história, aqui sob a forma dum gato cor de mel e papo branco e de um menino que queria ter um bichinho de pêlo só para si, mas que aparece muitas vezes na nossa vida, sob outras formas se nós quisermos. E ainda bem, porque a ternura faz muita falta.



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"Porquê Heloísa?" Conta a história do primeiro dia de aulas de uma menina com paralisia cerebral e que podes encontrar aqui a sua curta-metragem animada. 


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Lin Yi é enviado ao mercado com uma lista de compras. Se negociar bem, talvez lhe sobre dinheiro e poderá comprar a lanterna em forma de coelho com que tanto sonha. Mas o tio Hui também adora amendoins. Sobrará dinheiro para a lanterna?



O Natal está quase aí, por isso deixamos aqui uma história para te deliciares com a tua família.






Olá!
Se gostas muitos de livros, da biblioteca e queres ocupar parte dos teus tempos livres de forma útil então vem visitar o Clube dos Amigos da Biblioteca.
Até breve! 






Clube dos Amigos da Biblioteca tem como:

Objetivos:
·        Promover a participação ativa dos alunos na organização e dinamização da biblioteca;
·        Associar a leitura e a frequência da Biblioteca à ocupação lúdica dos tempos livres;
·         Criar laços afetivos e sociais com os livros;
·        Promover o desenvolvimento da autoconfiança, do espirito de iniciativa, da autonomia, da criatividade e da responsabilidade;
·        Auxiliar a Professora da Biblioteca no desenvolvimento de determinadas tarefas/atividades;
·        Motivar os alunos de forma a que os pais/encarregados de educação frequentem a biblioteca e participem ativamente nas atividades a eles direcionadas.

Destinatários:
·        Todos os alunos que queiram aparecer e, simplesmente, ajudar, desde que sejam:
o   Alunos do 4º ano de escolaridade;
o   Alunos dinâmicos e com vontade de ajudar;
o   Alunos que se relacionem bem com os colegas;
o   Alunos que não se importem de abdicar do seu tempo livre;
o   Alunos que se portem de forma exemplar na biblioteca;
·       ·        Deixa o teu nome na biblioteca, só para sabermos que podemos contar contigo.
·        Vem e participa!!!

Atenção:
·        Os colaboradores terão um crachá identificativo que deverá ser usado enquanto estão nessa função, para que assim possam ser identificados pelos colegas que necessitem de ajuda;
·         Quando chegares à biblioteca coloca o teu crachá e pergunta, à professora que ali se encontra, em que podes ajudar;
·        Faz o que te disserem independentemente da tarefa que te seja atribuída;
·        Nem sempre há trabalho indicado para os Amigos da Biblioteca, neste caso voltam noutra altura;
·        Assina a folha semanal (1º e ultimo nome, bem como o teu ano e turma), para comprovarmos que estiveste a ajudar e, no final, podermos dar conta do teu bom trabalho (esperamos que seja o teu caso) ao teu professor e receberes o certificado de participação.

No final recebes:
·        Um Certificado de Participação (para juntares ao teu “Curriculum Vitae”).
·        Um Prémio Surpresa.


A Professora,
Teresa Calisto Fernandes



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Já esta disponível o video do Sarau da Rede de Bibliotecas Escolares de Estarreja. Visita o blogue da biblioteca.

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Sarau da Rede de Bibliotecas Escolares de Estarreja
Os bilhetes, são gratuitos, e podem ser levantados a partir de terça feira na bilheteira do CNE.
Vem assistir e traz a tua família!!!


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O elefante cor de rosa
Hoje recebemos na biblioteca as turmas do primeiro ano para uma atividade à volta do livro O elefante cor de rosa.



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Clube dos Amigos da Biblioteca

Se gostas de livros, de pesquisar e de ajudar, nos tempos livres, inscreve-te no Clube dos Amigos da Biblioteca Escolar (lê o regulamento).

25/04/2014
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7 x 25 Histórias da Liberdade é um conjunto de contos cujas personagens principais, falando na primeira pessoa, são objectos carregados de simbologia: o semáforo que travou a revolução durante uns minutos, o lápis da censura que, de repente, se vê como um elemento criativo nas mão de uma criança, a G3, o portão da prisão de Caxias, o megafone das reuniões de alunos…

Na comemoração dos 40 anos do 25 de Abril, estes sete objectos contam, do seu ponto de vista subjectivo, a revolução que devolveu a Portugal a liberdade.
24/04/2014

A girafa que comia estrelas

                                                                                                23/03/2014
                                                                                                                                           20/03/2014

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                                                                                                               19/03/2014
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O sabiá não sabia.
Que o sábio sabia.
Que o sabiá não sabia assobiar.

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Lalá, Lelé e Lili
E suas filhas,
Lalalá, Lelelé e Lilili
E suas netas
Lalelá, Lelalé e LeLali
E suas bisnetas
Lilelá, Lalilé e Lelali
E suas tataranetas
Laleli, Lilalé e Lelilá
cantavam em coro
LALALALALALALALÁ

15/03/2014
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Poderosa "Píngua" Portuguesa 

Somente com a nossa poderosa língua coisas como essa são possíveis...

  "Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas,  paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar  panfletos.  Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.  Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para  Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.   Porém,pouco praticou, pois Padre Pafúncio pediu para pintar panelas,  porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido,  porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão  para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo  para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam  plácidos,porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo  pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se   principalmente pelo Pico, pois pastores passavam pelas picadas para  pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo  passo percorriam,permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris,  pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos  pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos  perigosos,  pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precatar-se. Profundas  privações passou Pedro Paulo.Pensava poder prosseguir pintando, porém,  pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares,  principalmente por  pretender partir prontamente para Portugal.   Povo previdente! Pensava Pedro Paulo...Preciso partir para Portugal  porque pedem para prestigiar patrícios,  pintando principais portos portugueses. Passando pela principal praça  parisiense, partindo para  Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros  pretos. Pintou, prostrou  perante políticos, populares, pobres, pedintes.
       - Paris! Paris! -   proferiu Pedro Paulo - parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois  pretendo progredir.
 Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais,  porém, Papai Procópio  partira para Província. Pedindo provisões, partiu   prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para  prosseguir praticando  pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.  Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal.   Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
         - Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.  Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
        - Papai - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém  preferindo,poderei procurar profissão própria para poder provar   perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
           Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos  pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para  praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram  pescar para poderem   prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém,  passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela  picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo  Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou  Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras   proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles  profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras,  porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar  pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios.  Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes  pintadas. 
 Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando..."
 Permitam-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para  pensar...

(autor desconhecido)
12/03/2014


Vem conhecer a História da Galinha Ruiva aqui na página da tua biblioteca.

12/03/2014


Não te esqueças de visitar o Blog da biblioteca no seguinte endereço 

07/03/2014

Já vieste ver as novidades que chegaram à tua biblioteca?
Aparece!

26/02/2014

Novidades!!!!

A nossa biblioteca recebeu muitos livros novos que em breve estarão disponíveis para serem descobertos por ti. 
Está quase...
25/01/2014

Fábula da Fábula – Miguel Torga

Era uma vez
uma fábula famosa,
Alimentícia
E moralizadora,
Que, em verso e prosa,
Toda a gente
Inteligente
Prudente
E sabedora
Repetia
Aos filhos,
Aos netos
E aos bisnetos.
À base duns insectos
De que não vale a pena fixar o nome,
A fábula garantia
Que quem cantava
Morria
De fome.
E, realmente…
Simplesmente,
Enquanto a fábula contava,
Um demónio secreto segredava
Ao ouvido secreto
De cada criatura
Que quem não cantava
Morria de fartura.
Miguel Torga
Diário VIII,1956


A princesa e a ervilha

Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa — mas tinha de ser uma princesa verdadeira. Por isso, foi viajar pelo mundo fora para encontrar uma, mas havia sempre qualquer coisa que não estava certa. Viu muitas princesas, mas nunca tinha a certeza de serem genuínas havia sempre qualquer coisa, isto ou aquilo, que não parecia estar como devia ser. Por fim, regressou a casa, muito abatido, porque queria uma princesa verdadeira.

Uma noite houve uma terrível tempestade; os trovões ribombavam, os raios rasgavam o céu e a chuva caía em torrentes — era apavorante. No meio disso tudo, alguém bateu à porta e o velho rei foi abrir.

Deparou com uma princesa. Mas, meu Deus!, o estado em que ela estava! A água escorria-lhe pelos cabelos e pela roupa e saía pelas biqueiras e pela parte de trás dos sapatos. No entanto, ela afirmou que era uma princesa de verdade.
— Bem, já vamos ver isso — pensou a velha rainha. Não disse uma palavra, mas foi ao quarto de hóspedes, desmanchou a cama toda e pôs uma pequena ervilha no colchão. Depois empilhou mais vinte colchões e vinte cobertores por cima. A princesa iria dormir nessa cama.

De manhã, perguntaram-lhe se tinha dormido bem.

— Oh, pessimamente! Não preguei olho em toda a noite! Só Deus sabe o que havia na cama, mas senti uma coisa dura que me encheu de nódoas negras. Foi horrível.

Então ficaram com a certeza de terem encontrado uma princesa verdadeira, pois ela tinha sentido a ervilha através de vinte edredões e vinte colchões. Só uma princesa verdadeira podia ser tão sensível.

Então o príncipe casou com ela; não precisava de procurar mais. A ervilha foi para o museu; podem ir lá vê-la, se é que ninguém a tirou.

Aqui têm uma bela história de Hans Christian Andersen ...


Biblioteca Escolar

Uma Porta Para a Vida


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